quinta-feira, 19 de março de 2015

Cavaquinho - Curiosidades e História



CAVAQUINHO


Para que os amantes da boa música possam saborear uma bonita sonoridade, nada melhor do que aprender a tocar o instrumento responsável por essa sonoridade.
Os instrumentos do ambiente popular português nem sempre são bem vistos pelos músicos profissionais. As principais razões são a sua deficiente afinação e os seus pobres recursos para executarem determinadas músicas.
Mas um instrumento popular foi criado para representar um determinado ambiente musical.
Ele se identifica com o pulsar de um  povo, onde suas modas, as canções de trabalho, as festas e romarias e a sua identidade são ilustradas, musicalmente falando. Este pequeno contributo visa dar a conhecer o nosso cavaquinho, com sua história, a arte de tocá-lo, as viagens que fez nas mãos dos nossos emigrantes, os construtores e finalmente a construção deste pequeno grande instrumento.
O Cavaquinho é um instrumento popular, que pode afinar rigorosamente e, mediante a afinação que tiver,  tocar muitas músicas. A provar esta afirmação estão as partituras feitas pelos seus descendentes, como o Braguinha da Madeira, O “Ukulele” do Hawaii, o Cavaquinho do Brasil ou o de Cabo Verde.
Dentro da sua simplicidade e com a sua afinação mais popular, o Cavaquinho continua a ter a sua verticalidade e quando tocado pelas mãos do povo grita bem alto, como que em sinal de protesto, fazendo frente àqueles que lhe pretendem dar um menor valor musical.

No Brasil...

O cavaquinho no Brasil, figura em todos os conjuntos regionais de choros, emboladas, bailes pastoris, sambas, ranchos, chulas, bumbas-meu-boi, cheganças de marujos, cateretês, etc., ao lado da viola, violão, bandolim, clarinete, pandeiro, rabecas, guitarras, flautas, oficleides, reques reques, puita, canzá e outros, com carácter popular mas urbano.

Este cavaquinho difere do minhoto tendo - como os de Lisboa e da Madeira - o braço em ressalto sobre o tampo, 17 trastos e boca redonda possuindo menores dimensões totais. A sua afinação mais usual é com o acorde de sol maior invertido, similar à da Madeira ou de certos casos minhotos, surgindo ainda afinações diversas.

Os autores brasileiros em geral - Oneyda Alvarenga, Mário de Andrade, Renato Almeida, etc. - mencionam a origem portuguesa do cavaquinho brasileiro e Câmara Cascudo refere mesmo particularmente a importância desempenhada pela ilha do Madeira.

De um modo geral, ao instrumento minhoto tradicional e francamente popular - e originariamente coimbrão - que se toca de rasgado, corresponde o velho tipo de braço raso com doze trastos. Aos instrumentos de carácter citadino e burguês - de Lisboa, Algarve e Madeira - que se tocam de pontiado, corresponde o tipo de braço em ressalto e dezassete trastos, que parece ter sofrido influências do violão, guitarra ou bandolim. Embora de carácter popular, o cavaquinho brasileiro pertence a este último tipo, sendo sobretudo usado pelos estratos populares urbanos.

O CAVAQUINHO E SUA PARTICIPAÇÃO NAS ORIGENS DO SAMBA


Existem várias versões acerca do nascimento do termo "samba". Uma delas afirma ser originário do termo "Zambra" ou "Zamba" , oriundo da língua árabe, tendo nascido mais precisamente quando da invasão dos mouros à Península Ibérica no século VIII. Uma outra diz que é originário de um das muitas línguas africanas, possivelmente do quimbundo, onde "sam" significa "dar", e "ba" "receber" ou "coisa que cai". Ainda há uma versão que diz que a palavra samba vem de outra palavra africana, semba, que significa umbigada. No Brasil, acredita-se que o termo "samba" foi uma corruptela de "semba" (umbigada), palavra de origem africana - possivelmente oriunda de Angola ou Congo, de onde vieram a maior parte dos escravos para o Brasil.



Um dos registros mais antigas da palavra samba apareceu na revista pernambucana O Carapuceiro, datada de fevereiro de 1838, quando Frei Miguel do Sacramento Lopes Gama escrevia contra o que chamou de "samba d'almocreve" - ou seja, não se referindo ao futuro gênero musical, mas sim a um tipo de folguedo (dança dramática) popular de negros daquela época. De acordo com Hiram da Costa Araújo, ao longo dos séculos, as festas de danças dos negros escravos na Bahia eram chamadas de "samba".



Em meados do século XIX, a palavra samba definia diferentes tipos de música introduzidas pelos escravos africanos, sempre conduzida por diversos tipos de batuques, mas que assumiam características próprias em cada Estado brasileiro, não só pela diversidade das tribos de escravos, como pela peculiaridade de cada região em que foram assentados. Algumas destas danças populares conhecidas foram: bate-baú, samba-corrido, samba-de-roda, samba-de-chave e samba-de-barravento, na Bahia; coco, no Ceará; tambor-de-crioula (ou ponga), no Maranhão; trocada, coco-de-parelha, samba de coco e soco-travado, no Pernambuco; bambelô, no Rio Grande do Norte; partido-alto, miudinho, jongo e caxambu, no Rio de Janeiro; samba-lenço, samba rural, tiririca, miudinho e jongo em São Paulo.



GRANDES NOMES DO CAVAQUINHO NO BRASIL



♪ Nelson Alves, ou Nelson Cavaquinho, (1895 - 1960):

Integrante do grupo de Chiquinha Gonzaga e dos Oito Batutas. Autor de choros como "Mistura e manda" e "Nem ela ... nem eu".

♪ Canhoto (Waldiro Frederico Tramontano) (1908 -1987):

Presença marcante na história dos chamados " conjuntos regionais", formou com Dino e Meira, o mais célebre trio de base. Tocou no conjunto de Benedito Lacerda desde o fim dos anos 1920 e depois liderou seu próprio grupo.

♪ Waldir Azevedo (1923 - 1980):
O popularizador do cavaquinho como instrumento solista. Autor de grandes sucessos como "Brasileirinho", "Pedacinhos do céu" e "Delicado". A partir de seu sucesso, dentro e fora do Brasil, foram surgindo muitos solistas do instrumento, quase todos imitadores de Waldir.

CAVAQUINHO NA TOKA MAIOR

Aqui você pode comprar o seu cavaquinho e também aprender a tocá-lo.
Nossa loja tem bons preços, com atendimento nota 10 e as melhores condições de pagamento.
Na escola temos o professor Douglas Mota, músico desde os 10 anos, quando começou a aprender violão, dedica-se ao cavaquinho há cerca de 5 anos, tendo passado por diversas bandas da região, agora mantém o seu foco em ensinar a arte de tocar cavaquinho.

Venha conhecer a Toka Maior e se surpreender com o que temos para oferecer.


Fontes:

Nenhum comentário:

Postar um comentário